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domingo, 11 de dezembro de 2011

Cultive habilidades que façam você brilhar

Edição 2110 - Publicado em 03/Dezembro/2011 - Página A2
Orientações recentes do presidente Ikeda sobre desafios no campo profi ssional
publicadas no Seikyo Shimbun de 18 de agosto de 2011
“Não há nada de errado em ter vários desafios, tanto no âmbito pessoal como no profissional. Todos eles aumentam nossa experiência de vida. Roma não foi construída em um dia. O mesmo ocorre para se obter sucesso no trabalho. É necessário esforçar-se por um longo tempo.’’
“Na juventude é preciso desenvolver habilidades do tipo que farão com que ganhem o respeito e a admiração dos outros. Nitiren Daishonin ensina que o budismo significa ser vitorioso. Tudo na vida se resume a vitória ou derrota. Para ter sucesso, é importante que você cultive habilidades de algum tipo que o façam brilhar.”
“Dedique o máximo de cuidado e atenção a cada trabalho, tarefa ou atribuição que se dispor a realizar, orando com profunda convicção para esse objetivo e para que possa finalizar seus afazeres gravando com orgulho muitas vitórias. Por meio desses esforços, escreva uma história dourada de triunfos pessoais conquistados um após outro.”
“A vida no mundo real é uma feroz batalha pela sobrevivência. Mesmo que tudo esteja indo bem para alguém até este momento, não há como saber como será o seu futuro. Em última análise, aqueles que recitam Daimoku serão absolutamente vitoriosos. Eles triunfarão empregando
‘a estratégia do Sutra de Lótus’.”
“Uma vida baseada na Lei Mística está no caminho para a prosperidade eterna. Esta é a conclusão do Budismo Nitiren. Recite Daimoku tanto nos momentos de alegria como nos momentos de sofrimento, recite Daimoku sempre, não importando quais sejam as circunstâncias, este é o caminho para alcançar a vitória em todos os aspectos.”

sábado, 10 de dezembro de 2011

A confiança absoluta na vitória!

Prática da fé para a vitória infalível
Para qualquer desafio, o segredo para a vitória absoluta é a determinação. Em outras palavras, é a certeza de que o resultado de seus esforços é a vitória infalível. A quinta Diretriz da Soka Gakkai — Prática da fé para alcançar a vitória infalível — ensina a utilizar corretamente a prática da fé para vencer as dificuldades.
Beco sem saída
O propósito da quinta Diretriz é a pessoa não entrar num beco sem saída. Isso é possível ao conquistar a felicidade absoluta. Tal condição é alcançada quando essa diretriz é aplicada como estratégia para vencer qualquer dificuldade.
Todos os desejos serão realizados
O presidente Ikeda orienta: “A pessoa desfrutará um estado no qual todos os desejos serão realizados. Na vida, há tanto montanhas quanto vales. Mas mantendo a fé podemos atingir um estado dourado onde seremos capazes de olhar para nossas existências anteriores e dizer: ‘Essa foi a melhor existência que eu poderia ter vivido’. Assim como o fogo produzido por um único palito de fósforo pode incendiar um vasto campo de grama seca, nosso dedicado trabalho pelo Kossen-rufu produz um enorme benefício tão expansivo quanto o universo”.
Transformar não é melhorar
A prática budista é para TRANSFORMAR, não é para melhorar. Nesse contexto, transformar é mudar a partir da raiz, ou seja, de dentro para fora. Melhorar é se adaptar ao ambiente, ignorando o próprio coração. Nesse caso, a vitória não é absoluta, pois não é total e não será duradoura. Afinal, se o ambiente mudar, o resultado muda também.

Transformar de dentro para fora
Transformar a partir do coração é entrar na batalha convicto da vitória. Quando essa condição é genuína, a pessoa se sente na condição desejada, antes mesmo de alcançá-la.
Tudo começa no coração
Para saber qual será o resultado de uma batalha, observe como ela “começa”. O CORAÇÃO é o início de qualquer jornada. Sabedoria é SABER que a vitória absoluta é conquistada primeiro no coração.
O coração é o que importa
A forma como você se sente agora, é o resultado futuro. Se você se sente um perdedor, o resultado é derrota. Se você se sente vitorioso, o resultado é vitória.
O sábio se alegra
Um Buda é aquele que SABE que vai vencer e, por isso, enfrenta os desafios com alegria.
O tolo se acovarda
O tolo desconhece o caminho da vitória. Por não acreditar nela, se acovarda e recua diante dos desafios.
Vença a si mesmo
A fé eleva o estado de vida, faz brotar a coragem. A pessoa livre do medo é capaz de enxergar a si mesma na condição ideal. Ela sabe que vai vencer porque se sente vitoriosa. Portanto, o segredo da vitória é vencer a si mesmo.
Tenho medo, o que faço?
A prática budista transforma o coração. Recita-se o Daimoku para manifestar a CORAGEM no coração. Para isso, basta CONFIAR no Gohonzon.
Prova de fé
Na prática, confiar no Gohonzon é RECITAR o Daimoku. A oração diante do Gohonzon é a manifestação concreta da fé.
Para qualquer desafio, use a sabedoria do Buda
Pode-se orar para qualquer objetivo, sejam pequenos ou grandes. Quanto mais se emprega a estratégia do Sutra de Lótus para vencer os desafios, mais o estado de vida se eleva.
Supremo líder do mundo
O Buda Nitiren Daishonin afirma: “O Budismo é vitória ou derrota, ao passo que a autoridade secular baseia-se no princípio da punição e da recompensa. Por isso, o Buda é considerado como o supremo líder do mundo”.
Buda, uma pessoa vitoriosa
O presidente Ikeda orienta: “SER VITORIOSO é a essência do Budismo. Nos sutras, o Buda recebe títulos de louvor tais como ‘Aquele que a todos Vence’, ‘O Conquistador de Objetivos’, ‘Aquele que Derrotou todos os Oponentes e é ALEGRE E DESTEMIDO’, ‘Aquele que Brilha como o Himalaia, que Supera todas as outras Montanhas’, e assim por diante. ‘Buda’ é outro nome para a pessoa absolutamente vitoriosa”.
Vencer, a essência da fé
“O triunfo da verdade e da justiça é a lei suprema do próprio universo. A essência da fé é crer firmemente nisso de todo coração. Nós devemos vencer. Somente com a vitória é que podemos alcançar a justiça, assegurar a felicidade e concretizar o Kossen-rufu.”
Gohonzon em primeiro lugar
“Quando encontramos dificuldades, recitamos Daimoku para solucionar nossos problemas. (...) Agindo assim, continuamos a avançar, olhando para nossos problemas de um estado de vida elevado. Quando oramos ao Gohonzon, é como se estivéssemos olhando todo o universo, permitindo-nos observar impassivelmente os sofrimentos que existem em nossa própria vida. Justamente por termos problemas podemos recitar Daimoku, produzindo uma forte energia vital.”
Eterna alegria
“O Budismo é vitória ou derrota; portanto, a vida é uma luta. Esse é o motivo pelo qual devemos desenvolver uma fortaleza interior para avançar continuamente. Uma vida que é forjada e fortalecida dessa forma desfruta uma eterna alegria.”
Conclusão
O presidente Ikeda conclui: “Com base na fé, podemos estabelecer um estado de vida que, não importando o que aconteça, experimentamos alegria, esperança e convicção nas profundezas de nosso ser. Isso nos dá força para encontrarmos as pessoas que estão sofrendo e, juntos, buscarmos a verdadeira felicidade”.
Subir ou sucumbir?!
A “dificuldade” é a resistência natural à transformação. Se enfrentar grandes dificuldades com tristeza, maior será o sofrimento. Se o fizer com alegria, maior a alegria. As dificuldades são combustíveis tanto para a tristeza quanto para a alegria. Assim, é importante “desfrutarmos das dificuldades” com um estado de vida elevado. A felicidade cresce à medida em que se vence as dificuldades. Portanto, a 3a Diretriz Eterna da Soka Gakkai (Prática da fé para vencer as dificuldades) é fundamental. A prática da fé garante esse estado elevado para vivermos de forma plena e realizada.
Transformar o ambiente
A felicidade absoluta é a qualidade de uma pessoa capaz de transformar o ambiente. No processo de transformação, surgem as dificuldades como prova de que a pessoa avança. Estagnar-se e lamentar conserva a negatividade em sua vida. A felicidade garante e gera a transformação.
Subir ou sucumbir
Diante dos desafios diários, existem duas opções: SUBIR ou SUCUMBIR. Quando aparece a dificuldade, quem escolhe SUCUMBIR, desiste, reclama, abandona, culpa os outros. E o pior, não transforma nada. Quem decide SUBIR, alegra-se, porque está diante de uma oportunidade de crescimento e transformação. Então, enfrenta tudo e transforma.
Todos têm
Dificuldades são FATOS da vida. Todo ser vivo passa por desafios. Ainda mais aqueles que querem alcançar grandes coisas. A dificuldade não é ESCOLHIDA ou CHAMADA por alguém. São fenômenos que surgem por uma série de fatores. A questão não é buscar a causa, mas saber como você vai se comportar diante do fato.
Nem santos nem sábios
“Nitiren Daishonin declara: ‘Jamais permita que os impasses da vida o perturbem. Afinal, ninguém pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sábios. (...) Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto sofrimento quanto a alegria como fatos da vida, e continue orando o Nam-myoho-rengue-kyo, não obstante o que aconteça’ (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. III, p. 199). Não existe uma vida livre de sofrimentos ou um mundo livre de problemas. Na realidade, a vida torna-se interessante pelo simples fato de que ocorrem todos os tipos de desafios. Os que baseiam a vida na Lei Mística são capazes de atrair a suprema sabedoria e ultrapassar todos os obstáculos, não importando o quê; são capazes de atingir uma vida de profundo valor em que todos os seus desejos são realizados” (Brasil Seikyo, edição no 1.219, 27 de março de 1993, p. 4).
Tudo tem solução
Para vencer essa batalha, existe o Budismo Nitiren. Atinja a iluminação e enfrente as dificuldades como um buda. Não existe dificuldade que não possa ser superada por meio da pratica budista.
Por que é fundamental transformar o ambiente?
Porque a pessoa é inseparável do ambiente. Se ela não tem força para transformar o ambiente, ele a transforma e a vida fica à mercê dos ventos. Devido a essa inseparabilidade, a condição interior pode ser influenciada negativamente pelo externo.
Nem a morte os separa
O presidente Ikeda afirma: “Nascemos com um corpo e uma mente (efeito vital) e num ambiente (efeito ambiental) que equivale à nossa energia cármica. Naturalmente, vida e meio ambiente são de fato inseparáveis, pois ambos são manifestações (efeitos) de nossa energia cármica” (Brasil Seikyo, edição no 1.520, 21 de agosto de 1999, p. 3).
Felicidade e ambiente
“A felicidade não se encontra unicamente no ambiente. Existem pessoas vivendo em mansões magníficas que passam os dias chorando. No entanto, nossa felicidade não independe totalmente de nosso ambiente. Não há uma única pessoa que possa clamar honestamente que é feliz se é incapaz de alimentar seus filhos” (Brasil Seikyo, edição no 1.530, 6 de novembro de 1999, p. 3).
A chave é transformar o ambiente
“A felicidade é determinada pela relação entre o ambiente, ou o mundo externo, e nossa energia vital. Uma pessoa controlada por um ambiente negativo está sofrendo. Ao contrário, uma pessoa que se encontra numa situação difícil, mas é capaz de controlá-la e modificá-la, é feliz” (Ibidem).
Alguém forte é feliz
Se a energia vital é fraca, os menores problemas causam lamentações, insegurança e a vida acaba num impasse. Adquirir vitalidade para resolver os problemas cotidianos fortalece a pessoa e ela não recua. A medida em que vence questões maiores, mais forte se torna a energia vital — mais a felicidade se fortalece. Feliz é quem tem uma poderosa e constante vitalidade e transforma o ambiente de acordo com suas aspirações.
Lute com alegria
Já que é natural enfrentar dificuldades, que seja com alegria, disposição e felicidade. Esse é o caminho da iluminação, onde tudo é motivo de mais alegria.
Eterna felicidade
A prática da fé que não é derrotada pelas dificuldades é a força para construir o eterno castelo da felicidade. Esse tipo de prática garante esse estado iluminado e transforma o ambiente.
Desfrutar as tormentas
“Quando adentramos no caminho da iluminação, podemos desfrutar completamente, das profundezas de nosso ser, todas as tormentas da vida, temporais e rajadas terríveis bem como, naturalmente, brisas primaveris, o céu azul e o brilho do sol; atingimos um supremo estado no qual a vida é alegria, e a morte, serena. Seguir esse caminho garante que experimentemos essa eterna realização e esperança. O Buda Nitiren afirma: ‘Quando surgem as dificuldades, devemos considerá-las como alegrias’”(BS, edição no 1.394, 14 de dezembro de 1996, p. 3).
Vencer e vencer
Os verdadeiros vitoriosos são aqueles que triunfam sobre as dificuldades. Essa é a marca de um membro da Soka Gakkai.
Jamais desista
“Quando a Lei Mística brota em nosso coração, nossa vida resplandece como o sol em perfeita paz e serenidade com força infinita. Esse é o estado de Buda. A manifestação do estado de Buda e a derrota das forças negativas são uma única coisa. As maldades existem tanto em nossa vida como em nosso ambiente. Porém, derrotá-las ou sermos derrotados por elas depende unicamente de nosso espírito e de nossa determinação. O importante é vencer incessantemente. A prática budista consiste em jamais desistir dessa luta. Devemos cultivar um espírito que jamais, de maneira alguma, seja arrastado por influências negativas” (BS, edição no 1.510, 5 de junho de 1999, p. 4).
Conclusão
De forma simples, a terceira diretriz diz para cada pessoa: “Você também desfrutará a maior felicidade sem falha”. Ela dá “esperança e rejuvenesce o espírito de desafio no coração daqueles que, atolados na escuridão do sofrimento, resignaram-se e cansaram-se. Numa sociedade estagnada e colocada num impasse, é assegurar que os seres humanos tenham um potencial ilimitado para resolver todas as dificuldades” (BS, edição no 1.394, 14 de dezembro de 1996, p. 3).

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Supere-se

Resolvi mudar e parar de fugir ou adiar minha felicidade. Abandonei todo o sofrimento que estava me causando na grande cidade e me mudei recentemente para uma cidade do interior para morar junto com o que restou da minha família. Infelizmente o que restou foi corrompido pela maldade e estou passando por grandes obstáculos. Gostaria de compartilhar um vídeo que uma grande amiga e membro me indicou a ver.


Para superar as imaturidades gosto muito de um exemplo que o presidente Ikeda citou em Preleção do Sutra de Lótus (pág. 93):

"O que fazer quando uma criança começa a insistir para que você compre algo na mercearia ou em algum outro lugar; e então senta-se no chão e põe-se a berrar, recusando-se a sair de lá até que você compre o que ela quer? Em tais circunstâncias, não adianta repreendê-la de uma posição superior à criança. O melhor seria aproximar-se e sentar-se a seu lado. Quando você fizer isso, a criança, surpresa, deixará de chorar. E se então falar-lhe calmamente, verá que ela se mostrará surpreendentemente disposta a fazer o que você pede."

O presidente Ikeda disse que é óbvio que esse método não necessariamente funcionará em todos os casos. Ele diz que ainda assim, sem dúvida, representa a sabedoria individual que surge da disposição da pessoa, manter um contato de coração. O conhecimento da importância de falar com a criança (ou adulto) na mesma sintonia.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Anísio Teixeira: educação não é privilégio

Três de Julho e o espírito de mestre e discípulo

Encontro com o Mestre, edição 2.095

Valorizem o presente. Conforme disse o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) ao seu jovem colega Johann Peter Eckermann (1792-1854): "Apeguem-se ao presente. Cada situação - ou melhor, cada momento - é de valor infinito".
...
Não deixe que o momento presente escape. Como se estivessem abrindo bem as janelas, expandam a vida ao máximo e manifestem a sabedoria cheia de alegria e o poder do Buda. A fé na Lei Mística nos permite fazer isso. Cada momento é um desafio; é uma batalha para vencer ou perder.

É um desperdício limitar seu potencial, bloqueando-se e deixando-se dominar pelo medo. Reúnam sua coragem. Desafiem a si próprios com um espírito entusiasmado e otimista.

Quando as coisas estão difíceis, incentivem calorosamente uns aos outros como bons amigos na fé e sigam resolutamente na direção da vitória. Manifestem o invencível poder do Buda e da Lei por meio do dinâmico poder da fé e da prática.
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A liberdade de religião e a liberdade de pensamento e crença são os próprios fundamentos da democracia. O dramaturgo Menandro (também Menandros), que viveu na Grécia antiga, escreveu: "Nós não devemos ceder às pessoas malvadas, mas sim nos opormos a elas", e "É sempre melhor que diga a verdade. Em cada crise, recomendo essas palavras como um importante contribuição para a segurança na vida".
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O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) fez esta criteriosa observação: "Qualquer pessoa movida pelos sentimentos altruística de fundar algo grandioso cuida para criar herdeiros [para darem continuidade à sua obra]."
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A ativista polonesa antiguerra Rosa Luxemburgo (1871-1919) também foi presa por seus ideais. Ela escreveu: "Não fui branda até então, mas agora sou tão dura quanto o aço temperado".
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Fernand Dumont (1927-1997), filósofo e sociólogo que lecionou na Universidade Laval em Quebec, Canadá, exortou as pessoas com fé religiosa a agirem na sociedade para construir um mundo melhor. Ele as exortou a mobilizarem seus concidadãos para que tomassem parte de uma discussão sobre como melhorar a sociedade.

Para construirmos um mundo melhor, é importante falarmos o que é certo com coragem e vigor. Essa é a própria essência da democracia. Os membros da SGI estão tomando a liderança nesse esforço.
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O ex-presidente tcheco Václav Havel, que tive o prazer de conhecer, também foi preso por suas crenças. Ao falar de sua experiência na prisão, ele disse: "Eu percebia com frequência que a esperança é, acima de tudo, um estado de espírito, e que, como tal, nós a temos ou não, e que isso não depende da situação ao nosso redor".
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Nos Analectos, Confúcio diz a seu discípulo Tzu-kung: "O homem benevolente nunca se preocupa; o homem sábio nunca se fica indeciso; o homem corajoso nunca tem medo". Aqueles que se dedicam ao Kossen-rufu e vivem com coragem, compaixão e sabedoria são pessoas confiantes e intrépidas e possuem clareza de pensamento.

O corajoso espírito de luta conjunta - o espírito de mestre e discípulo que está incorporado no Três de Julho - nunca morrerá.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

O que importa é o coração

Seleção de trechos de discursos do presidente Ikeda

'O que importa é o coração' (WND, p. 1000), escreveu Nitiren Daishonin. O que importa é a disposição ou a determinação que aplicamos aos desafios que surgem diante de nós. Em última análise, tudo se resume na rigorosa questão de realmente termos fé ou não". (Brasil Seikyo, edição nº 1.878, de fevereiro de 2007, p. A3).

Nitiren Daishonin escreveu: 'O tesouro do corpo é mais valioso do que aquele guardado no cofre; e o tesouro acumulado no coração é muito mais valioso do que o tesouro do corpo'(END, v. I, p. 297). Aqueles que possuem esse tipo genuíno de riqueza espiritual, as que venceram na vida através da fé, desfrutarão a felicidade e a vitória por toda a eternidade. Como resultado, sua vida será naturalmente adornada com os tesouros do cofre e do corpo - pelas três existências (Brasil Seikyo, edição nº 1.251, de novembro  de 1993, p. 3).


Nosso coração ou nossa mente, intenção ou atitude são cruciais (ibidem, edição nº 1.791, de abril  de 2005, p. A3).


O Coração é a essência e também a base; é a fé - em outras palavras, um coração que crê. Nosso coração ou nossa mente, manifesta-se em nossa ações. Um buda nunca é interesseiro e nem desonesto. A condição de vida do estado de Buda manifesta-se nas ações de atenção e benevolência para com as outras pessoas, tais como ajudar os vizinhos, incentivar os amigos que estão sofrendo e compartilhar a grandiosidade da lei Mística com os outros.




De um certo ponto de vista, não existe nada tão vulnerável e fraco como um ser humano e, talvez nada tão potencialmente vil ou cruel. No entanto, uma pessoa torna-se infinitamente forte ou nobre quando cultiva seu coração. O sentimento e a mente não possuem cor, forma nem extensão; mas, em condições propícias, poderão se expandir ilimitadamente. Apesar de parecer estável, nosso atual estado de vida é, na verdade, um fenômeno passageiro, uma expressão da verdade da existência temporária. Isso significa que nossa vida está em constante mudança, jamais parando por um único momento.

Digo uma vez mais que não são a fama, o dinheiro nem a posição que importam, mas sim o coração. Nitiren nos ensina que a fé é o tesouro mais precioso que possuímos. Observamos aqui o caminho supremo da vida par o ser humano.



O poder da palavra deriva do coração humano. A mente e o coração são o que se encontra na essência das palavras e o que lhes dá vida. Nitiren observa: 'As palavras se manisfestam através dos sons para transmitirem os sentimentos que se encontram em nosso coração' (Gosho Zenshu, p. 563). As mesmas palavras também podem ter muitos graus de poder dependendo da profundidade do coração daqueles que as proferem.

Mesmo que uma pessoa enfrente diversas perseguições e opressões, ela jamais será derrotada desde que mantenha um coração firme e inabalável. Contudo, esse coração pode ser destruído pelo mau amigo (aquele que faz gerar dúvida e impede o caminho para a iluminação).  Tendo o coração destruído, o pulsar da Lei Mística é interrompido.

Tudo nasce da mente, do nosso sentimento, inclusive a esperança e a felicidade. Todas as alegrias e as tristezas também surgem do nosso âmago. O nosso coração é a fonte de tudo e sua força é imensurável. Todas pessoas possuem esse poderoso coração.

Dependendo de nossa determinação, de como estão nossa mente e nosso coração, temos de conseguir triunfar na vida da forma como queremos. Devemos conseguir nos tornar felizes. Isso foi confirmado pela história.

A felicidade não encontra em algum local distante de nossa realidade diária. E o dinheiro ou a fama também não garantem a felicidade. De fato, eles podem ser, em muitos casos, a origem dos problemas e da infelicidade. O que importa é o coração. (...) As pessoas que mantêm em seu coração a fé no ensino correto do Budismo são as mais felizes de todas. Essas pessoas conseguirão atingir a eterna felicidade.



quarta-feira, 1 de junho de 2011

domingo, 22 de maio de 2011

Conhecendo o Budismo Nitiren Daishonin - Parte 3/3

Conhecendo o Budismo Nitiren Daishonin - Parte 2/3

Conhecendo o Budismo Nitiren Daishonin - Parte 1/3

Uma visão revolucionária do estado de Buda

"Abraçar o Gohonzon é a própria iluminação"


Referência Bibliográfica: IKEDA, Daisaku. Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2001. 66 p.




O ensino para atingir o estado de Buda nesta existência


Um buda é aquele que serviu a centenas, a
milhares, a dezena de milhares, a incontáveis
budas e executou um número incalculável de
práticas religiosas.


De acordo com essa descrição, um buda serviu e praticou sobre a orientação de um número incalculável de budas por um tempo inimaginavelmente longo. Essa prática contínua, repetindo o ciclo de nascimento e morte por muitas existências, tornou-se a causa para a iluminação. Isso é denominado  "pratica para iluminação por um período de incontáveis kalpas."

Kalpas é um período extremamente longo. Os sutras e tratados diferem em suas definições; porém, os kalpa caem em duas categorias, as de duração contável e incontável. Existem três tipos de kalpa contáveis: menor, médio e maior. Uma explanação estabelece a duração de um kalpa menor em, aproximadamente, dezesseis milhões de anos. De acordo com a cosmologia budista, um mundo passa repetidamente por quatro estágios: formação, continuação, declínio e desintegração. Cada um desses quatro estágios dura vinte kalpa menores e corresponde a um kalpa médio. Em conclusão, um ciclo completo forma um kalpa maior. (Fonte: Glossário – Os Escritos de Nitiren Daishonin).
O presidente Toda discorreu o seguinte sobre o significado dessa passagem: "Do ponto de vista dos ensinos de Nitiren Daishonin, o Buda (o Gohonzon) de Nam-myoho-rengue-kyo é a Lei fundamental que dá surgimento a cem, a mil, a dez mil ou a um milhão de budas. Portanto ao recitarmos simplesmente o Nam-myoho-rengue-kyo obtemos mais benefícios do que conseguiríamos servindo pessoalmente a muitos budas por meio de árduas austeridades. O benefício desta única prática equivale de um número incalculável de austeridades realizadas por todos os budas."
Nitiren Daishonin declara em "O Verdadeiro Objeto de Adoração": "Tanto as práticas como as virtudes resultantes que o Buda Sakyamuni alcançou estão todas contidas em uma única frase,  Myoho-rengue-kyo. Se acreditarmos nisso, naturalmente teremos garantido os mesmos benefícios que ele teve." (END, vol.1, pág.72). As práticas para atingir o estado de Buda conduzidas por Sakyamuni e por todos os budas das dez direções pelas três existências e as virtudes que adquiriram como resultado estão todas contidas no Nam-myoho-rengue-kyo.  Este é o princípio de "abraçar o Gohonzon é a própria iluminação" (juji soku kanjin, em japonês).
Atingir o estado de Buda não é algo que só acontece no futuro distante ou em algum lugar remoto. Possibilita a todos atingir o estado de Buda nesta existência.
Toda dizia: "Em contraste aos budas do capítulo Hoben,  que praticaram por dezenas de milhares de anos, podemos completar nossa prática e atingir o estado de Buda simplesmente acreditando no Gohonzon e recitando uma única frase - Nam-myoho-rengue-kyo.
Este ensino possibilita a todas as pessoas atingir rapidamente o cume da iluminação. Em decorrência do estado de Buda podemos visualizar as montanhas que estão ao nosso redor e abaixo de nós e olhar o panorama espetacular da natureza estendendo-se em todas as direções. 

O estado de vida iluminado do Buda está expresso no Gohonzon. E os dez estados de vida estão contidos no Gohonzon. Quando oramos ao Gohonzon estamos buscando evidenciar este estado de vida mais elevado fazendo com que nossa vida torne-se iluminada. Não é necessário ir a algum outro lugar distante nem se tornar uma pessoa especial. Independente de passarmos por sofrimentos ou alegrias, se continuarmos a orar sinceramente ao Gohonzon e agirmos pelo Kossen-rufu, então, exatamente da forma como somos, poderemos nos tornas budas da "essência real de todos os fenômenos" e realizar a missão que somente nós podemos cumprir.
O presidente Toda disse: "O Gohonzon penetra totalmente em nossa vida quando adoramos e recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo.  Quando abrimos os olhos e observamos o Universo, ali encontramos o Gohonzon. E quando fechamos os olhos e contemplamos o interior de nosso ser, o Gohonzon também aparece ali claramente, com uma força cada vez mais poderosa e um brilho cada vez mais resplandecente."

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Canção: Praia de Morigassaki

Kishibeni tomoto morigasaki

Isonokatakaku namikaeshi

Jyukuno seishun michimayoi
Tetsugaku katari tokiwa sugu
Tomowa nayameri mazushikere
Kirisuto no michi wareyukuto
Hitomi kibishiku tsukihaete
Tsuyoki kodooni namiyoseri


Kuzureshi doteni kusafukaku
Ikanaru mushika shiranedomo
Koyoiwa shiikao tsukuranto
Gakuheian no omoiari
Saredomo tomowa mokushiken
Ikani ikinaba wagainochi
Shinen no tsukini tobiyukan
Namidao nugui hitanari


Tomono koshu ni waremo mata

Mugenno ganbo jinseio
Kurushimi hirakuto chikaishini
Tomowa hohoemi yakushiken
Tomono motumuru tookiyoni
Tagaumo warewa onogamichi
Chokano butai hateshinaku
Shiragami mademo tsukikataru
Kimini sachiare wagatomoyo

Tsugini auhiwa itsunohika
Mugonno uchino wakaretabi
Ginpa yureyuku Morigasaki

Explanação do Gosho: Carta de Sado pelo Presidente Daisaku Ikeda

Referência: Suplemento do jornal Brasil Seikyo, edição n°2.081, 30 de abril de 2011.



Trecho 1 da Carta de Sado

"As coisas mais terríveis deste mundo são a dor do fogo, o brilho das espadas e a sombra da morte. Se até os animais têm medo da morte, não é de surpreender que os seres humanos também tenham. Se mesmo um leproso luta pela vida, imagine uma pessoa saudável"(END, v.5,p.13)

Explanação do Trecho 1

"Temer a morte e apegar-se a vida é próprio do ser humano. 'O calor do fogo' indica os acidentes e os desastres naturais, enquanto 'o brilho das espadas' alude à violência da guerra. Nada é mais temeroso para as pessoas do que a 'sombra da morte', ou a perspectiva da própria extinção. Isso é certo tanto para os animais como para os seres humanos. Mas, se a vida for reduzida ao temor da morte e ao apego desesperado à existência, como poderemos experimentar a profunda alegria de uma vida plena? Qual é o propósito da nossa vida plena? Por que nascemos? Qual é o propósito de nossa vida? Por que morremos? Nós só podemos edificar se contemplarmos seriamente nossa própria existência.

Nitiren Daishonin trata do tema da vida e da morte, neste escrito, para explicar aos seguidores - expostos a enormes sofrimentos e dificuldades - que o Budismo existe para resolver os problemas fundamentais da vida humana. Procura também despertar as pessoas para a idéia de que, não importa a tempestade que venha a açoitá-las, jamais devem perder de vista a fé - a base de tudo".

Trecho 2 da Carta de Sado

"O Buda ensinou que o ato de cobrir todo um sistema de grandes mundos com os sete tipos de tesouros não se compara ao oferecer o dedo menor ao Buda e ao sutra [de Lótus] (Cf. LS, v.23, p.285). O garoto Montanhas de Neve ofereceu o próprio corpo e a asceta Aspiração à Lei removeu a própria pele [para nela gravar os ensinos do Buda]. Como não há nada mais precioso que a própria vida, aquele que a dedica à prática budista, com certeza, atingirá o estado de Buda. Se alguém está disposto a consagrar a vida, por que pouparia qualquer outro tesouro pela causa do Budismo? Em outras palavras, se a pessoa reluta em se desfazer da riqueza, como poderia sacrificar a vida, que é muito mais preciosa?" (END, v. 5, p.13).

Explanação do Trecho 2

A que, então, devemos dedicar esta vida insubstituível? Na Carta de Sado, Nitiren Daishonin ensina que podemos atingir a iluminação dedicando nossa vida à prática do Budismo. Para ressaltar o profundo significado desta declaração, primeiro ele cita o 23° capítulo do Sutra de Lótus, "Os Feitos do Bodhisattva Rei dos Remédios". Em seguida, menciona os exemplos do garoto Montanhas de Neve e do asceta Aspiração à Lei - duas figuras que representam o Buda Sakyamuni em existências passadas, quando realiza práticas de Bodhisattva - para esclarecer que a dedicação com espírito inabalável é a chave para realizar a prática budista.

O Buda Nitiren observa ainda que os que estão disposto a dar a vida não vacilarão em se desprender
de qualquer tesouro. É como se, em outras palavras, ele dissesse de forma rigorosa e, ao mesmo tempo, benevolente aos  seguidores, que tremiam só de pensar na possibidade de serem perseguidos e sofrerem terríveis consequências, como o confisco de terras: "Essas perseguições que estamos enfrentando não seriam
uma oportunidade de dedicarmos a vida, sem reservas, para atingirmos o estado de Buda? A que deveríamos temer, uma vez que este é o objetivo da suprema iluminação que está bem diante de nós?

Essa passagem também transmite um importante espírito que os brinda lições nos dias atuais. Uma dessas lições, como já disse, é: vivemos apegados a algo que não nos conduz a felicidade genuína. O estabelecimento de um propósito fundamental, a disposição para percorrer o caminho correto na vida, não importando a dificuldade que esse desafio pode vincular, é o que nos possibilita experimentar a mais profunda alegria e realização. Se nos deixarmos manipular pelos desejos mundanos e pouparmos a vida no momento crucial, nosso coração definhará e só nos restarão sentimentos como aflição, miséria e arrependimento.

Outra importante lição é que o elevado estado de vida é eterno e transcende nossa existência atual. Dedicando esta preciosa existência ao Budismo, temos a certeza que experimentaremos imensa felicidade e inúmeros benefícios em todas as futuras existências.

Conseguir enxergar os fatos da perpectiva da eternidade da vida - através do passado, presente e futuro - e também através do ponto de vista da felicidade eterna constitui o ponto decisivo para transcender os diversos problemas da vida e da sociedade. A medida que as pessoas, individualmente, adquirem uma perspectiva correta sobre a vida e a morte, eleva o estado de vida da humanidade de forma coletiva. A filosofia que deseja abrir nossas possibilidades em benefício da sociedade do século 21, necessitará saber distinguir entre noções superficiais e profundas acerca da vida e da morte. Nós praticantes do Budismo de Nitiren Daishonin, marchamos na vanguarda desse sentido, por isso avancemos orgulhosos com essa convicção."

Trecho 3 da Carta de Sado

"Aprendemos que é nosso dever retribuir as dívidas de gratidão que temos com os outros, mesmo o custo da nossa vida. Muitos guerreiros sacrificam sua vida por seu lorde; talvez muito mais que imaginamos. Um homem morre para defender a honra e uma mulher morre por seu marido. Os peixes lutam para sobreviver, lamentam pela pouca profundidade do lago onde vivem e cavam buracos no fundo para se esconder; porém enganados pela isca são fisgados. Os pássaros, temendo que as árvores em que vivem sejam muito baixas, escolhem os galhos mais altos para se proteger, mas, enganados pela isca, eles também são apanhados pelas armadilhas.Os seres humanos são igualmente vulneráveis. As pessoas geralmente se sacrificam por assuntos seculares insignificantes,mas raramente fazem o mesmo pelos preciosos ensinos do Buda. Assim, não é de surpreender que não atinjam a iluminação"(END, v.5,p14)

Explanação do Trecho 3

Num dos trechos anteriores, observando que é comum as pessoas perderem a vida em acidentes ou em conflitos armados. Nitiren Daishonin nos lembra que as pessoas se apegam à própria vida como se apegam a um tesouro.

Nesta parte, também destaca que há vários exemplos de pessoas que dão a vida de acordo com as
convenções e os valores morais da sociedade. A inúmeros casos de indivíduos que, iludidos, sacrificam a vida da maneira mais insensata, acreditando que estão se protegendo do perigo.

A conduta dos peixes e das aves descritas nesta parte baseia-se na sabedoria dos antigos pensadores, documentada em obras como Fundamentos do Governo na Era Chen-Kuan (Zhenguan Zhengyao), um clássico chinês sobre a arte da liderança. 'Enganados pela isca' é uma metáfora como os seres humanos - mesmo adotando diversas medidas e preocupações para se manter a salvo - são manipulados pelos desejos
imediatos ou cometem erros de julgamento em razão da forma estreita de pensar, o que resulta na própria destruição. É triste que esta insensatez humana continue freqüente ainda hoje. Por esta razão que Nitiren Daishonin aconselha que, em vez de dar a vida - o bem mais valioso que temos - por questões mundanas e superficiais, devemos nos dedicar aos 'preciosos ensinos do Buda'.

Apesar de falar em 'não poupar a vida', o Budismo de Nitiren, não é, de modo algum, um ensino que romove o martírio ou o autossacrifício. Makiguti, Toda e eu - os três primeiros presidentes da Soka Gakkai - nos dedicamos com determinação de impulsionar o Kossen-rufu de forma que nenhum membro  fosse sacrificado, e com a disposição de dar o melhor de si para esse fim. Esse espírito dos sucessivos presidentes deverá ser mantida na Soka Gakkai para sempre.

Não desperdicem, de modo algum, a preciosa vida dos senhores. Ao jovens eu digo: "Por mais difíceis que sejam as circunstâncias em que se encontrem, jamais lamentem ou prejudiquem a vida de vocês e nem a dos outros. Cada um de vocês é dotado da maravilhosa e suprema natureza de Buda.

Em termos específicos, como deveríamos praticar para dedicar essa inestimável vida aos 'Preciosos ensinos do Buda'? Daishonin, declara de maneira enfática, que as pessoas comuns desta época, sem terem de sacrificar a vida como o garoto Montanhas de Neve e por meio da 'determinação firme e sincera', podem obter o mesmo benefício resultante da dedicação abnegada.

Como afirma Nitiren, o que importa é o coração. É uma questão de empreender milhões de kalpas de esforços num único momento da vida em prol do Budismo e pela nobre causa do Kossen-rufu. Para nós,
não poupar a vida significa recitar constantemente o Nam-myoho-rengue-kyo, sem nenhum temor, e nos
dedicarmos de corpo e alma para comprovar a fé - pelo bem do mundo, do futuro e de todas as pessoas.










domingo, 17 de abril de 2011

Capítulo Juryo: a "Revelação da Vida Eterna do Buda"

"Viver" eis o grande mistério. As vezes nos questionamos com questões do tipo: qual o sentido de viver uma existência? Qual é nossa original natural? De onde surgimos e para onde pretendemos seguir?

Se desviarmos nossa mente apenas com riquezas materiais e prazeres momentaneos, não poderemos obter a verdadeira felicidade muito menos desfrutar uma vida de plena satisfação.

As respostas as estas questões fundamentais são apresentadas no 16º Capítulo do Sutra de Lótus, Juryo.

Nitiren Daishonin afirmou:

"Se não fosse pela existência do capítulo Juryo entre todos os ensinos de Sakyamuni, estes seriam como o céu sem o sol e a lua, um reino sem rei, as montanhas e os mares sem tesouros ou uma pessoa sem alma.(END, vol. 4, pág.219.)

O propósito é explanar com maior clareza a essência deste capítulo que recitamos diariamente.

O que ensina exatamente? Em sucintas palavras revela a "eternidade da vida". O termo juryo do título do capítulo Nyorai Juryo significa "sonda a extensão da vida" e esclarece que a extensão da vida do Buda é imensurável.

Sakyamuni explica a eternidade da vida em termos de sua própria existência, ou seja, como um relato de experiência.

A síntese dessa experiência é a seguinte: "Muitos pensam que eu (Sakyamuni) renunciei ao mundo secular quando jovem e, praticando as austeridades budistas, atingi o estado de Buda sob a árvore bodhi, no passado inconcebivelmente remoto de gohyaku-jintengo (infinito passado). Desde então, vim doutrinando inúmeras pessoas neste mundo saha e em inumeráveis outras terras. A extensão de minha vida é portanto insondável, eterna e imperecível."

Neste momento, alguns podem estar se questionando: "Fala-se que a vida de Sakyamuni é eterna, mas, na realidade ele morreu. Isto não significa que a extensão da vida do Buda é finita?"

A resposta a esta questão encontra no próprio capítulo Juryo. Este capítulo explica que Sakyamuni, que atingiu a iluminação pela primeira vez na Índia e entrou no nirvana, é um buda provisório ou "expediente", ao passo que Sakyamuni que atingiu a iluminação no remoto passado, e cuja vida é eterna e imperecível, é um "buda verdadeiro".

Para revelar a eternidade da vida que percebeu por si mesmo, Sakyamuni manifestou sua identidade de Buda em outras existências passadas e continuará conduzindo as pessoas por toda eternidade.

Essa condição de Buda é uma manifestação da lei fundamental do Universo chamada Lei Mística, que é eterna, abrangendo as três existências do passado, presente e futuro.

Conclui-se portanto, que Myoho-rengue-kyo é a entidade do Buda que atingiu a iluminação no remoto passado, ou seja, que Sakyamuni e todos os outros budas são manifestação da Lei Mística. Esta é a interpretação substancial do capítulo Juryo.


quinta-feira, 31 de março de 2011

Suprema dignidade da vida

No mundo contemporâneo, os conflitos étnicos e o flagelo do terrorismo estão se intensificando e progride sem retroceder. Ferir alguém ou um animal é ir contra a lei da vida.

Dados estatísticos apontam o crescimento do número de homicídios no mundo devido às sociedades estarem cada vez mais armadas.

Porém todas as pessoas são inestimáveis e insubstituíveis. Não deve haver indiscriminação ou a matança de seus semelhantes.



Cada pessoa tem o seu brilho e habilidade em potencial. Que a vida resplandeça plena e eternamente. Este é o brado pelo amor a humanidade e pela ilimitada alegria de se viver.

Devemos lutar contra aqueles que desejam roubar a dignidade da vida. O jovens do Japão e Barack Obama tiveram várias iniciativas na luta para extirpar as armas nucleares.

Temos que contestar a natureza repulsiva da autoridade de manipular pessoas e sacrifica vidas em troca de fama, dinheiro e poder.

O alvorecer do século XXI tem muito que percorrer pela frente. Vencer as pessoas que possuem esta natureza maligna, nos proporcionará um século em que as pessoas coexistirão pacificamente umas com as outras e com o meio ambiente.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Se maravilhe consigo mesmo

Numa estada em Vaucluse, em 1335, Petrarca leu por acaso em Tito Lívio que o rei Filipe da Macedônia havia escalado o monte Hemus e tinha sido recompensado com uma maravilhosa vista, tando do mar Negro quanto do mar Adriático. O monte Venoux, com seus 1800 metros o poeta decidiu subir ao cume. Ao chegar ao ponto da montanha abriu aleatoriamente um exemplar das Confissões, de santo Agostinho, deu com esta frase: 

"Os homens se maravilham com a altura das montanhas, com as enormes ondas do mar, com os largos estuários dos rios, com as voltas dos oceanos, e com a revolução das estrelas, e esquecem suas próprias almas." 

Petrarca fechou o livro e voltou imediatamente para casa, nunca mais voltando a explorar montanhas.

Não precisamos exagerar a este ponto mas ele foi sábio ao manifestar o desejo de  se maravilhar consigo mesmo e se auto conhecer. A auto-reflexão permite identificar nossas erros e aperfeiçoá-los. 

Referência Bibliográfica: White, Michael, 1959 - Leonardo, o primeiro cientista (pag. 63). Tradução de Sergio Moraes Rego.